O meu relógio marca agora um pouco mais de
sete horas da noite, já faz uma semana que não recebo mensagens suas, nenhum
telefonema. Minhas costas doem, mas não consigo me levantar desta cadeira, não
há nada que faça o menor sentido, ando sem motivos para continuar. Ainda estou
aqui me perguntando por que me levantei da cama, fico aqui olhando pela janela
esses dias cinzas, chove e eu choro pois ainda me dói.
Estou cansada fisicamente e psicologicamente,
a dor imensurável não vai embora, é insistente. E já faz uma semana que
transbordo e essas lagrimas me aliviam e fazem doer, este choro é a prova de
que continuo a viver e ao pensar nisso meu coração sufoca, como aceitar a tua
morte? ... E ainda chove.
Meu café sobre a mesa já se esfriou, seguro essa xícara querendo segurar
a tua mão, a chuva aumenta, continuo a transbordar em meio as lagrimas, sinto
frio, me vejo vazia, não consigo me mover, me sinto fraca para olhar pra a
mundo.
O relógio marca quase oito horas, não sinto
fome, não sinto a vida, o telefone ainda não tocou, sei que não vai tocar, você
já não pode me ligar. Mas ainda espero. Estou exausta, não quero ir lá pra fora
encarar a tua ausência, essa falta de você que me tornou um caos; já não tenho
sido eu, já nem sei se sou, a verdade é que me perdi quando o seu coração
parou. Tua perda me envolve em dor. Você se foi, está em paz, mas eu ainda vivo com a sua dor.
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